Fino menino me inclino, pro lado do sim…
Saímos do fundo do baú, onde guardados estavam os restos, modestos, de um sentimento que se alojou apenas entre a poeira do tempo, tempo, tempo que acarretou o contratempo, que gerou apenas lamento, lamento, eis que as lagrimas secaram com o tempo.
Fino menino me inclino, pra lado do sim, afim, assim, me entrego ao passar do tempo, passatempo me tornou, embalou, sentimento se transformou, se alojou em uma fração de tempo, o mesmo que me deixo tanto tempo, vivendo apenas nesse fúnebre lamento. A toa, suspiro, as vezes me pego distraído, pensando em voltar, relembrar o abraço que se desconectou, interligado ficou ao tempo. O tempo, a ele me inclino, menino, menino se tornando refém do destino, que lhe deu alguém, alguém que surgiu diante do contratempo, que gerou todo lamento, que o tempo, o tempo me trouxe com o vento.
Que a ventania, leve e transforme nossos dias cinzas, em dias de alegria, o motivo maior da vida é acordar sem tempo para agonia, pois não temos tempo para notar que o tempo é apenas uma palavra exaustiva e repetitiva na vida de quem nunca teve tempo para amar. O meu tempo já se esgotou, e o que ficou? Apenas o bom tempo que fiquei com você, sem tempo para notar que o tempo passou de relance comigo aos seus braços.
Não perca tempo, ainda há tempo para se viver. Pro lado do sim, não temos tempo a perder.
Salsicha – Sam33 – Paulo Nunes